Hino de Alagoas

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Aurélio Buarque de Holanda

 Aurélio, sinônimo de dicionário.


Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, nasceu no norte de Alagoas, na pequena Passo de Camaragibe. Quando jovem, morando em Maceió, iniciou a sua vida profissional como professor de português. Na década de trinta, assim como a maioria dos ilustres alagoanos, precisou sair do estado em busca de oportunidades e para dar continuidade a sua educação.
 Mestre Aurélio fez parte de uma geração de grandes intelectuais nascidos em Alagoas, como Alberto Passos Guimarães, Valdemar Cavalcanti, Humberto Bastos, Jorge de Lima, Aloysio Branco, Carlos Paurilio, Manuel Diegues Júnior, Mário Brandão, Rui Palmeira, Raul Lima e Théo Brandão. Acrescente-se a essa relação Graciliano Ramos, o mais velho entre eles, e os aqui residentes Raquel de Queiros, José Lins do Rego e Tomás Santa Rosa, cearense e paraibanos, respectivamente.
O saber popular ajudou o mestre a criar tantas palavras e verbetes. Vivia anotando tudo, principalmente a gíria cotidiana do povo. O dicionário Aurélio foi responsável por democratizar e desmistificar nossa língua, assimilando palavras de uso coloquial e do cotidiano até então ignoradas pelas pesquisas lexicográficas. 


Em 1975, o Novo Dicionário da Língua Portuguesa – sua principal obra − foi lançado. A partir desse momento tornou-se o livro mais vendido no Brasil, fazendo de Aurélio sinônimo de dicionário.

E ainda há quem não conheça as raízes desse grande autor.

sábado, 4 de junho de 2011

Lêdo Ivo

[...]Invento a flor e, mais que a flor, o orvalho[...]


Lêdo Ivo, nasceu em Maceió, em 1924. jornalista, poeta, contista, ensaísta, tradutor, cronista. Desde 1943 reside no Rio de Janeiro. Através de dezenas de trabalhos tem desenvolvido estilo original e um “sempre atualizado” e lúcido compromisso com a linguagem poética. Pertenceu à famosa geração de 45. É membro da Academia Brasileira de Letras. Carpinteiro da palavra. Sabe ser doce e insólito. Inventivo - eternamente inventivo. Recria sua vida, enraizada na terra nativa. 

É impossível conhecer as obras de Lêdo Ivo, e não torna-se fã!

A Passagem
Que me deixem passar - eis o que peço
diante da porta ou diante do caminho.
E que ninguém me siga na passagem.

Não tenho companheiros de viagem
nem quero que ninguém fique ao meu lado.
Para passar, exijo estar sozinho,
somente de mim mesmo acompanhado.

Mas caso me proíbam de passar
por seu eu diferente ou indesejado
mesmo assim eu passarei.
Inventarei a porta e o caminho
e passarei sozinho.
(Lêdo Ivo)


Explicação.

Em breve estarei postando as fotos do nosso Estado. Daí então ficará mais fácil de compreender o título do blog rs..

Linda Mascarenhas.

Um exemplo de mulher!


Linda Mascarenhas nasceu a l4 de maio de 1895, no bairro da Levada em Maceió. Aos 5 anos, Linda já sabia ler corretamente. 
 Em 1932, colaborou com a Dra. Lily Lages na fundação da Federação, Linda promoveu espetáculos teatrais: Miragem, fantasia e Hotel Manguaba, comédia, de Aldemar de Paiva e Nelson Porto, em 1944; O Mistério do Príncipe e O Herdeiro de Naban, operetas infantis de sua autoria, com música e regência do Prof. Luiz Lavenére em 1946 e 1950, respectivamente.
   A 23 de outubro de 1944, fundou com Aldemar de Paiva, Nelson Porto e o apoio das sócias da Federação, o Teatro de Amadores de Maceió, assim denominado a partir de 1954. Linda se dedicou à presidência destes grupos e à direção de cena em substituição a Lima Filho.
   Com a colaboração da ala jovem do Clube de Regatas Brasil(CRB), do ProL Luiz Lavenére e de jovens da sociedade maceioense, Linda fundou a 12 de outubro de 1955, a Associação Teatral das Alagoas (ATA) e foi aclamada presidente perpétua. Na ATA ela dá continidade a seus trabalhos de diretora de cena, dramaturga e em 1956 estréia como atriz, interpretando Lizaveta na peça O Idiota, de Léo Vitor, baseado no romance homônimo de Dostoiewki, sob a direção de Heldon Barroso.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Zumbi dos Palmares

"Zumbi dos Palmares, um símbolo de resistência e luta contra a escravidão"


Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.

Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravião, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.

Jorge de Lima


"Ó Fulô! Ó Fulô! Cadê, cadê teu Sinhô que Nosso Senhor me mandou? Ah! Foi você que roubou, foi você, negra fulô?"

Essa negra Fulô!

Jorge de Lima.



Jorge Matheos de Lima nasceu em Alagoas, em 1893. Fez os primeiros estudos em sua cidade, União, e depois em Maceió, no Colégio dos Irmãos Maristas. Estudou Medicina em Salvador, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde defendeu tese sobre os serviços de higiene na capital federal. Ainda estudante de Medicina, publicou seu primeiro livro, XIV Alexandrinos (1914). Após ter se formado, retornou a Maceió. Sem jamais ter abandonado a Medicina, lecionou na Escola Normal Estadual da cidade, chegando a ser diretor. Ocupou outros cargos públicos estaduais, como Diretor-Geral da Instrução Pública e Saúde e Deputado, além de manter constante seu interesse pelas artes plásticas.

Ele foi príncipe dos poetas alagoanos e plebeu do modernismo. Já glorioso no regionalismo, abandonou tudo, a princípio pela aventura supra-realista; em seguida, para ser neófito da poesia religiosa e, por fim, para cair de cabeça no caos. Sua obra é uma espécie de resumo de toda a história literária de seu tempo. Ou como acentuou Otto Maria Carpeaux "é Jorge de Lima o único poeta contemporâneo do Brasil cuja obra acompanha e evidencia todas as fases da evolução da poesia brasileira moderna."
Tenho um e-book disponível para os interessados.Chama-se Jorge de Lima,80 Anos e está neste sítio de palavras. Por enquanto, leia este poema maravilhoso e antológico.